segunda-feira, 9 de maio de 2011

Anos 80

Os anos 80 serão eternamente lembrados como uma década onde o exagero e a ostentação foram marcas registradas, o culto ao corpo alcançou proporções ainda não conhecidas entre nós, as academias de ginástica entraram na moda com força total e as calças moletons, com listras laterais, esportivas, estavam na ordem do dia. 
Os sapatos baixos, estilo mocassim, se tornaram febre nessa época. Os cabelos exibiam altos topetes, conquistados à custa de muito gel, e o blush corria solto nas bochechas das mulheres. A moda apressou-se por responder a esses desejos, criando um estilo nada simplório. Num afã em ostentar, todas as roupas de marcas conhecidas, com seus nomes estampados no maior tamanho possível, com preços proporcionais. Aconteceu o ápice do uso do jeans. Porém, não bastava ser bem-sucedido e bem-vestido, era necessário, além de se vestir bem, ser bonito e saudável por natureza. 
Através do traje revela-se a imagem perfeita dos fenômenos sociais, culturais, políticos, econômicos e psicológicos. Sendo assim a moda baseia-se nos contrastes e conflitos, definindo assim o lado comportamental no vestuário que passa a desenvolver uma linguagem ou um meio de expressão pessoal. 
A década de 80, é considerada a época de “grandes contrastes”, é o tempo de desenvolver o vaguardismo na moda, com a propagação de novidades ou a reciclagem atualizada de idéias nostálgicas. O slogan da época é “cada um veste o que gosta sem imposição ou submissão”, nota-se então nas ruas a desordem no visual, o que antes era considerado de mal gosto, agora se torna a nova moda. Influências como “O sonho acabou”, frase dita por John Lennon em 70, passou a ser refletida nos anos 80; a propagação do stress e da AIDS também abalam a sociedade; o acidente nuclear de Chernobyl e mais toda violência e tensão da época com a possibilidade de um conflito nuclear. 
Todos esses aspectos levaram a sociedade a questionar o sentido real da vida. Não existe mais uma tendência, agora nas ruas se vê muitos estilos oposto, como o chocar e o ser chique. A insegurança da década trás para as ruas seres andróginos com o visual dramatizado, fazendo das ruas, verdadeiros palcos. 

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